A Palavra de Deus e a Santa Tradição tratam por “Novíssimos” as coisas que sucederão ao homem no fim de sua vida e as realidades eternas: a morte, o juízo, o céu, e o inferno. Devemos, pois, buscar viver com estas realidades diante de nossos olhos e infundidas em nosso coração, para que tudo o que fizermos possa nos conduzir a uma santa morte, nos livre do inferno e nos conceda o céu.
A Palavra de Deus (1) e a Santa Tradição tratam por “Novíssimos” as coisas que sucederão ao homem no fim de sua vida e as realidades eternas: a morte, o juízo, o céu, e o inferno. A Igreja os apresenta de modo especial durante este mês de novembro.
O termo “novíssimo” advém do termo latino “novissima”, que quer dizer: as últimas coisas.
O conhecimento e a meditação sobre essas realidades são muito importantes para nos dar o real sentido da brevidade da vida e da própria morte que, por vezes, são tão relativizadas. Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja, esclarece: “A morte, enfim, despoja o homem de todos os bens deste mundo” (2) e adverte: “Procuremos agir de modo que tudo nos sirva para conquistar a vida eterna” (3).
O Catecismo da Igreja Católica nos traz uma rica apresentação destas realidades, que somos convidados a conhecer:
O Catecismo da Igreja Católica ensina que «a morte põe termo à vida do homem, enquanto tempo aberto à aceitação ou à rejeição da graça divina, manifestada em Jesus Cristo».
«Ao morrer, cada homem recebe na sua alma imortal a retribuição eterna, num juízo particular que põe a sua vida em referência a Cristo, quer através de uma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do céu, quer para se condenar imediatamente para sempre» (4).
O céu é “o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.” São Paulo escreve: "Nem olho viu, nem ouvido ouviu, nem passou pelo pensamento do homem as coisas que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (I Cor 2, 9). Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e estão perfeitamente purificados, vão para o céu (5). Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu. A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados (6).
Significa permanecer separado d'Ele – do nosso Criador – para sempre, por nossa própria livre escolha. É este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra «inferno». Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus é escolher este fim para sempre (7).
Devemos pois, buscar viver com estas realidades ante os nossos olhos e infundidas em nosso coração, para que tudo o que fizermos possa nos conduzir a uma santa morte, nos livre do inferno e nos conceda o céu. Para isso, São Jerônimo, adverte que “muitos começam bem, mas são poucos os que perseveram. O Senhor — prossegue o mesmo Santo — não exige somente o começo da boa vida, quer também seu bom termo; o fim é que alcançará a recompensa. É por isso que São Lourenço Justiniano chama a perseverança de porta do céu. Quem não der com essa porta, não poderá entrar na glória” (9).
Conheçam e perseverem!
Para aprofundamento, indicamos o vídeo do Padre Leonardo Wagner: Novíssimos, uma verdade pouco falada nos dias atuais:
Referências: